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A cultura da Tainha

Conheça as delicias de Barra Velha

A cultura da Tainha

Para os barravelhenses, a pesca da tainha não é meramente uma atividade sazonal restrita aos meses de inverno, é pela força da tradição uma manifestação da cultura de animosidade e nada deixa nossa gente tão empolgada quanto degustar uma saborosa tainha. Nas ruas, nas vielas, por toda parte o cheiro forte é peculiar: é a tainha frita, é tainha assada. O cardápio gera renda, aproxima as pessoas e estimula uma boa prosa. O ciclo da pesca da tainha inicia no outubro quando o peixe adulto começa a abandonar o estuário da lagoa dos Patos no Rio Grande do Sul e inicia sua migração reprodutiva ao longo da costa em direção ao norte sempre estimulado pelas quedas bruscas de temperatura. 

No entendimento do nosso cabloco este ciclo é extremamente importante, pois o peixe é criado no lodo quando sai da lagoa e atinge o oceano e vem limpando e, em Santa Catarina já está no ponto para ser consumido. Em quase toda orla catarinense, na pesca tradicional de tainhas é usado a técnica do arrastão em que os homens se posicionam em locais específicos, na beira de praia, esperando o momento certo para dar o lance. 

Em Barra Velha esta modalidade praticamente desapareceu, foi substituída pela técnica de trulhar, ou seja, o cerco já acontece nos costões, nas lages e arrecifes onde os cardumes estão concentrados. A noite ao longo da costa pescadores profissionais e amadores se valem de suas tarrafas para capturar o peixe gorduroso. Entre os ribeirinhos do Rio Itapocu ainda se observa a “pesca com engodo” em que os cardumes de tainhas são atraídos com massa de pão.

FAGUNDES, José Carlos – Compêndios – Fragmentos para a História de Barra Velha



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